terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A Era Vargas


getúlio vargas governo 225x300 Governo de Getúlio Vargas

O período getulista foi assinalado por grandes conflitos. Iniciou-se com a Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas à presidência de república. Depois, vieram a Revolução Constitucionalista de 1932, a Intentona Comunista de 1935, o golpe de 1937, a 2ª Guerra Mundial, na qual o Brasil entrou em 1942. Com o fim da guerra, em 1945, uma onda liberal varreu o mundo, influenciando a vida política do Brasil. Não por acaso, a Era Vargas terminou justamente nesse ano. Getúlio já governara o país por 15 anos, deixando um rastro de polêmica e controvérsia sobre sua pessoa. Alguns o amavam freneticamente, outros o odiavam com estupendo rancor. Uns apontavam em Vargas o ditador implacável, o demagogo sem escrúpulos. Outros viam nele o político com sensibilidade social em relação aos trabalhadores, o governante nacionalista. Impossível era ficar indiferente diante de sua figura. 
Durante esses 15 anos, o Brasil sofreu grandes mudanças: a sociedade urbana cresceu em relação à sociedade agrária; a indústria ampliou seu espaço na economia nacional; a burguesia empresarial das cidades aumentou seu poder sobre as tradicionais oligarquias do campo; a classe média e o operariado cresceram em quantidade e conquistaram maior importância na vida política do país.
Governo Provisório: de 1930 - 1934
Governo Constitucional: de 1934 - 1937
Governo Ditatorial: de 1937 - 1945.

Frases Básicas da Língua Francesa

Exemplo: Português
                Francês
               [Pronúncia]


       Por Favor                                                     Quanto custa?
       S'il vous plaît                                               C'est combien?
       [s'ill vu plé]                                                  [sé cõbiã]


       Muito obrigado(a)                                        Poderia falar mais devagar?
       Merci beaucoup                                           Pourriez-vous parler plus lentement? 
       [mêrrci bôcu]                                               [purriê vu par-lê pli lãtemã] 


       Não, obrigado.                                              Como vai?
       Non, merci.                                                   Comment vas-tu?
       [nõ mêrrci]                                                    [comã va-ti]


       Muito prazer!                                          Bem, obrigado(a), e você?/o(a) senhor(a)?
       Enchanté!                                                Bien, merci, et toi/vous?
       [anchantê]                                               [biã mêrrci, e toá/vu] 


       Com licença.                                                Até logo
       Pardon.                                                         Au revoir
       [par-dõ]                                                        [orrvuárr]
             
           

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Revisão Literária

No Brasil

- Quinhentismo: Foi a primeira manifestação literária no Brasil. Portugueses descrevendo o Brasil.

- Barroco: Baseado na relação entre o celestial e o terreno. Havia o uso de cores escuras e de movimento. Gregório de Matos.

- Arcadismo: Néo-clássica. Carpe diem, aproveitar a vida. Havia o predomínio de cores claras. Dirceu de Marília (Marília de Dirceu)

- Romantismo:  Literatura feita para a burguesia. Castro Alves.

- Realismo: Baseia-se numa análise psicológica. Machado de Assis.

- Naturalismo: Baseia-se numa análise fisiológica.

- Parnasianismo: Preocupa-se muito com a métrica, a rima e reagiu contra os exageros sentimentais e imaginativos do Romantismo. Fala de deuses.

- Simbolismo: Contrapõe o parnasianismo. O sonho, o desconhecido, o impalpável. Musicalidade. Aliteração e assonância. Cruz e Souza.

- Modernismo

- Pós-modernismo: Fernando Sabino.

terça-feira, 13 de julho de 2010

A República Velha

A república brasileira surgiu em um contexto de transformações econômico-sociais, embora estas não tenham afetado tanto a estrutura social, econômica ou politica do país.
Depois da proclamação, foi instalado um governo provisório, em que Marechal Deodoro da Fonseca era o presidente.
Em 24 de fevereiro de 1891, foi promulgada a primeira Constituição Republicana do Brasil.
Sem dúvida, a República Velha não era a república dos sonhos da maioria dos brasileiros. Caracterizava-se por fraudes eleitorais, corrupção, jogo de favores e exclusão do povo da política. Tornou-se o pior dos mundos.
Federalismo: conferia ao estado uma larga autonomia, o que possibilitava o fortalecimento das oligarquias estaduais e do poder local.
Coronelismo: o poder estava nas mãos do coronéis; eles cuidavam para que nas eleições estaduais e federais, os candidatos da situação saíssem vitoriosos.
O sistema político-eleitoral da primeira república era altamente excludente. A voz era apenas das elites!!!
Encilhamento: para solucionar a crise em que o país estava passando, a alta inflação; Deodoro da Fonseca tenta fortalecer as indústrias do país. Entrando em uma nova crise financeira, pois as indústrias recorriam cada vez mais ao Governo Federal em busca de créditos.
Convênio de Taubaté: retirada do mercado de parte da safra, diminuindo a oferta e elevando o preço do produto no mercado internacional e a redução da taxa de câmbio.
Funding Loan: empréstimo recebido de bancos ingleses (mas com juros altíssimos), com o objetivo de consolidar a dívida externa brasileira.
Durante a República Velha, as condições de trabalho e as condições de vida dos operários eram péssimas. Iniciam-se as greves, reinvindicações, etc.
Os imigrantes socialistas e anarquistas passara a liderar o nascente movimento operário.
Anarquismo: a liberdade e a igualdade só serão conseguidas quando o capitalismo e o Estado que o defendem forem destruídos.
O momento mais importante dos anarco-sindicalistas foi, sem dúvida, a greve de 1917, que se iniciou em uma fábrica de tecidos em SP atingindo rapidamente outros lugares. Devido a jornada de trabalho, houve muitas reivindicações.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Análise do poema: "Mãos Dadas"

Mãos Dadas


Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.


Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.



Em Sentimento do Mundo, 1940. -1. Mundo velho, que vai perdendo o significado. Revela a perplexidade ante os acontecimentos da segunda guerra mundial. A única realidade é a do presente. Daé a declaração inicial sobre o "mundo caduco" e o "mundo futuro". A espressão se repete em "Elegia 1938", no mesmo livro. -2. Na 1ª edição estava "cartas de suicídio", expressão mais genérica e menos concreta do que esta. -3. A imagem produz raiz bíblica, provavelmente. Ao enumerar as atitudes que lhe parecem de escapismo ou de alienação, para o passado ou para o futuro, o poeta utiliza um esquema de enumeração binária, bastante ordenado: do particular (mulher) para o geral (história); do escuro (suspiros ao anoitecer) para o claro (paisagem vista da janela); do estado de semi-incosciência (entorpecente) para o de inconsciência total (suicida); e do concreto (fugir para as ilhas) para o abstrato (raptado por serafins).

Análise do poema: "Cidadezinha Qualquer"

Cidadezinha Qualquer

Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar

Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.

Devagar . . . as janelas se olham.

Eta vida besta, meu Deus.

(Carlos Drummond de Andrade)



Em Alguma Poesia. - A partir do título, com a colocação de qualquer depois do substantivo diminutivo, se evidencia o tom crítico do poema. Esse tom se objetiva no aspecto estático da 1ª estrofe: na ausência de pontuação, misturando as coisas; na ausência de verbos, revelando monotonia. O único verbo tem função nominal (infinitivo). Na 2ª estrofe se encontra um verbo de movimento (ir), mas está freado pelo advérbio devagar, numa estrutura idêntica para todos os sujeitos (homem, cachorro, burro). Por isso a ação se apresenta monótona, em câmera lenta. Com a inversão da frase, repetindo-se o advérbio no início do verso, antes do sujeito, mas ainda se acentua o aspecto de monotonia: o próprio sujeito desaparece, metonimicameente, nas janelas que olham passivas. Fica a impressão de que as coisas e a vida da cidadezinha vão rolando calmas (frequência de fonema r), reticentes (as reticências) pelo ar (a terminação -ar comum no poema). No final, o espanto: a exclamação eta, variante de eita, é popular com que no Nordeste se indica a parada, principalmente de animais.

sábado, 26 de junho de 2010

O Romantismo no Brasil


O Romantismo nasce no Brasil poucos anos depois de nossa independência política. Por isso, as primeiras obras e os primeiros artistas românticos estão empenhados em definir um perfil da cultura brasileira em vários aspectos: a língua, a etnia, as tradições, o passado histórico, as diferenças regionais, a religião, etc. Pode-se dizer que o nacionalismo é o traço essencial que caracteriza a produção de nossos primeiros escritores românticos, como é o caso de Gonçalves Dias.

Particularidades de nosso Romantismo

A Independência política, de 1822, desperta na consciência de intelectuais e artistas nacionais a necessidade de criar uma cultura brasileira identificada com suas próprias raízes históricas, linguísticas e culturais.

O Romantismo, além de seu significado primeiro - o de ser uma reação à tradição clássica -, assume em nossa literatura a conotação de um movimento anticolonialista e antilusitano, ou seja, de rejeição à literatura produzida na época colonial, em virtude do apego dessa produção aos modelos culturais portugueses.

Portanto, um dos traços essenciais de nosso Romantismo é o nacionalismo, que orientara o movimento e lhe abrirá um rico leque de possibilidades a serem exploradas. Dentre elas se destacam: o indianismo, o regionalismo, a pesquisa histórica, folclórica e linguística, além da crítica aos problemas nacionais - todas elas posturas comprometidas com o projeto de construção de uma identidade nacional.

Tradicionalmente se tem apontado a publicação da obra Suspiros poéticos e saudades (1836), de Gonçalves de Magalhães, como o marco inicial do Romantismo no Brasil. A importância dessa obra reside muito mais nas novidades teóricas de seu prólogo , em que Magalhães anuncia a revolução literária romântica, do que propriamente na execução dessas teorias.

As Gerações do Romantismo
Tradicionalmente se têm apontado três gerações de escritores românticos. Essa divisão, contudo, engloba principalmente os autores de poesia. Os romancistas não se enquadram muito bem nessa divisão, uma vez que suas obras podem apresentar traços de mais de uma geração.

* Primeira geração: nacionalista, indianista e religiosa. Destacam-se os poetas Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães.
* Segunda geração: marcado pelo "mal do século", apresenta egocentrismo exarcebada, pessimismo, satanismo e atração pela morte. Destacam-se os poetas Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire. 
* Terceira geração: formada pelo grupo condoreiro, desenvolve uma poesia de cunho político e social. A maior expressão desse grupo é Castro Alves.